sábado, 15 de janeiro de 2011

Notas Cotidianas e Literárias L

POEMETO MUITO ANTIGO
À MANEIRA DE MANUEL BANDEIRA

Este poema que assim te dedico
não é luz de manhã ou desvelo carmim:
Tal poema,
                    escuta
se queres,
                 é apenas
resto de sombra,
                            cinza fria,
                                              negra lama enfim...


GRAFITO EM OLINDA

Casas no alto e rasteiras
janelas de olhos atentos.

Cidade entranhada a ladeiras
de margens solícitas violentas.

Rios. Siris. Caranguejos.
Coqueiros com curvas crescentes.

Flama, ouro, cadeia;
Aranha, tesoura e teia
                                    Maligna
de sons e chiados e riscos e dons.

(Poemas, Ed. Universitária da UFPE, 1999)

Um comentário:

  1. Caro amigo Luiz, Nas mais diversas profissões temos que encarar esse tipo de situação que se agrava com a tentativa de desqualificar um trabalho perante um grupo, tão comum em empresas, órgãos públicos, etc. Mas a pessoa que pratica algo desse tipo, mostra a vergonha que tem de seu próprio ato ao manter a mensagem de forma anônima e não demonstrar o que sente e relação a você. Você foi muito feliz ao fazer analogia com as cartas anônimas de cunho político tão comuns em processos eleitorais do interior, onde o campo de debate de ideias perdia espaço para a calunia e difamação de pessoas. Mas anime-se, apesar de um e-mail anônimo te atacando, lembre-se dos milhares que recebe reconhecendo e apreciando seu trabalho! Um grande abraço.

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